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Os três pilares

  • Foto do escritor: Willer Félix
    Willer Félix
  • 12 de ago. de 2020
  • 4 min de leitura


O ministério do Senhor Jesus na terra foi marcado por três pilares: o ensino, a pregação e a operação de milagres. Lemos isso em Mateus 4.23: "E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo." Levando em conta o conselho que o próprio Mestre nos deu, de que "(...) na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço(...)" (João 14.12), é por esta linha que o nosso trabalho deve ser guiado.

O modelo do servo é o Senhor. Nada nem ninguém mais pode ocupar este lugar

Penso que nada na Bíblia é em vão e que, nesta passagem, a ordem em que as atividades do Senhor são apresentadas mostram também o nível de importância que Ele atribuía a cada uma delas. Primeiro, vem o ensino. Na minha experiência de vida com Deus, todas as decisões importantes que tomei foram baseadas em valores que aprendi, ensinados por homens e mulheres de Deus que passaram pelo meu caminho. Um dos significados da palavra "ensino" é transmissão de conhecimento com a intenção de modificar o comportamento de uma pessoa. Em 2Timóteo 3.16, lemos que "(...) toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;". Quando a Palavra de Deus é ensinada, os pensamentos do Senhor são transferidos para os nossos pensamentos. A verdade é que se uma pessoa não aprende a Palavra e se torna hábil o bastante para manejá-La bem e ensiná-La a outros, acaba se tornando presa fácil para o diabo e seus demônios. O trabalho de discipulado é muito importante também por isso: foca em ensinar os valores divinos e formar novos homens e mulheres que levarão a Obra da salvação adiante.


"Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?" (Romanos 10.14). Embora não exclua o ensino, a pregação me parece ter um enfoque diferente. Não é uma regra, apenas uma constatação pessoal: enquanto a instrução está mais voltada para aqueles que já estão no Caminho, sendo um "alimento mais sólido", a pregação é mais voltada para aqueles que estão tendo seus primeiros contatos com a fé. Lemos que João Batista apareceu "pregando no deserto da Judéia, e dizendo: Arrependei-vos(...)" (Mateus 3.1-2). Também lemos que o Senhor Jesus "(...) desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos,(...)" (Mateus 4.17) e, falando sobre sua missão, falou que veio para "pregar liberdade aos cativos,(...)" (Lucas 4.19). Pregar é anunciar a Palavra de uma tal forma a despertar nos ouvintes uma ação. A pregação conduz a audiência para uma tomada de decisão. Ela desperta o pensamento consciente e a fé em quem ouve. Assim como o agricultor precisa usar de várias habilidades para cultivar os frutos na terra, assim o servo de Deus deve buscar no Espírito a sabedoria para equilibrar o ensino e a pregação.

A pregação atrai e conquista a alma aflita; o ensino edifica e discipula

O terceiro pilar é a operação de milagres. Preciso confessar uma coisa: é muito estranho para mim quando ouço alguém que crê em Jesus negar a realidade dos Seus sinais nos dias de hoje. Uma das características mais inequívocas da Igreja na época dos apóstolos foram os milagres que eles realizavam, em o nome do Senhor Jesus. Paulo chega a dizer que "(...) os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas." (2Co 12.12). O Senhor disse: "E estes sinais seguirão aos que crerem(...)" (Marcos 16.17) e mais à frente está escrito: "(...)cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram." (Marcos 16.20). O Senhor Jesus não limitou estas promessas. Ele disse que estaria conosco "todos os dias, até a consumação dos séculos."(Mateus 28.20). Se operar sinais no passado era importante como prova da Palavra que estava sendo pregada, por que hoje não seria mais? Pensando de forma lógica, não seria mais importante ainda hoje do que antes? Talvez a raiz das críticas à operação de milagres esteja ligada a alguma decepção ou oração não atendida. Fato é que nem Deus nem Sua Palavra provocam confusão. Jesus curava e deu aos Seus servos autoridade para curar. Jesus fez dos sinais uma parte importante do Seu ministério terreno e sabemos que Ele é o nosso modelo e exemplo. Qual o sentido de praticar uma parte do que Cristo ensinou e negar a outra, por conveniência, falta de fé ou preconceito? Vivemos em um mundo onde o diabo age roubando, matando e destruindo mais do que nunca. As pessoas andam na escuridão, em busca de socorro e refrigério para suas vidas. O servo de Deus tem Sua autoridade para ministrar a cura e a libertação dos que creem. O servo opera os sinais que apontam na direção do Senhor Jesus.


Por mais "frutífero" (ênfase nas aspas) que um ministério pareça ser, por mais "respeitado" (enfatize as aspas de novo) que seja o trabalho de A ou B, penso que os nossos olhos devem estar em Jesus e temos que nos esforçar para reproduzir as Suas obras com fidelidade. Se Ele mandou ensinar, vamos ensinar; se Ele mandou pregar, vamos pregar; se Ele mandou curar, vamos curar. E ponto final. Não nos esqueçamos do que Ele prometeu: "Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o Pai o honrará." (João 12.26)

 
 
 

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